O
que os investidores esperam do mercado de multipropriedade na crise provocada
pela pandemia do novo coronavírus (COVID – 19)? Para tentar responder essa
questão e outras mais do segmento imobiliário turístico neste delicado momento
da economia do Brasil e mundo, destacamos o que o diretor de novos negócios da Smartus, Lucas Tortelli, falou sobre o que as empresas devem fazer a partir
de agora.
Através
de seu trabalho na Smartus, um braço
de negócio da GRI Company, Lucas Tortelli tem muito contato com
investidores, empreendedores e empresários do mercado imobiliário em todo o
mundo. Ele contou que neste momento de pandemia os mercados imobiliário e de
capitais estão temorosos e sem muitas perspectivas, por não terem ideia de como
o vírus irá se comportar, quanto tempo irá durar a pandemia, além de os
governos dos países não estarem planejando algo em conjunto e globalizado.
“Os mercados imobiliário e financeiro são
muito especulativos, quando os negócios não estão seguros não há novos
investimentos’’, disse o executivo da Smartus, que salientou que até duas
semanas atrás, os investidores estavam otimistas, prevendo seis meses de
recuperação. Porém, na semana seguinte já haviam mudado de opinião e esperavam
entre 12 e 18 meses para a retomada da economia mundial.
O que esperar da multipropriedade?
E
as empresas do mercado de multipropriedade conseguem suportar essa crise? “Se existe um mercado pronto para passar por
essa crise é a multipropriedade, os primeiros players do segmento começaram na
crise, sem regulamentação, foram desbravadores’’, afirmou Lucas Tortelli. Porém, ele pontuou que
algumas empresas já se mostraram muito sólidas e estruturadas e deverão sofrer
menos, já outras que entraram neste segmento há pouco tempo deverão ter mais
dificuldades durante a crise, pois começaram sem entender bem as complexidades
do negócio e sem o caixa necessário.
Neste
momento, as empresas devem se empenhar, principalmente, para manter as
carteiras de recebíveis saudáveis, com uma gestão de pós-vendas eficiente,
ativa, próxima ao cliente e flexível com os pagamentos, e não planejar novas
vendas. “A multipropriedade é um produto
de lazer e passará por um momento mais complicado de vendas, pois as pessoas
não estão pensando no momento em adquirir lazer”.
Apesar
deste momento difícil que a multipropriedade irá passar, o executivo prevê um
cenário otimista para o futuro. Ele explicou que, com um crescimento de 36% de
2018 para 2019, até o começo deste ano o segmento estava figurando entre os
cinco principais investimentos do mercado imobiliário. “Os investidores e consumidores tinham muita apetite pela
multiapropriedade. Esse apetite não mudou, vai ter uma freada, mas vai voltar”,
disse. “É uma indústria que faz muito
sentido para todos, tem uma margem grande, tem liquidez e recorrência”.
Embaixadores da multipropriedade
Para
Lucas Tortelli, o momento é para
realizar vendas passivas, que significam trabalhar o conceito, vantagens,
benefícios e experiências que a multipropriedade proporciona, com o objetivo de
fidelizar os atuais clientes e atrair novos, utilizando a tecnologia das redes
sociais e os próprios profissionais do segmento como “Embaixadores da Multipropriedade”, que divulgariam o segmento para
os seus contatos.
“Quando
o cliente está em na sala de vendas, assistindo a uma apresentação, o consultor
perde muito tempo explicando o que é a multipropriedade, as vantagens, os
benefícios, o intercâmbio de férias. É hora de os profissionais falarem sobre o
turismo compartilhado, a economia compartilhada, que vendem sonhos e sobre
destinos”, disse Lucas Tortelli.
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