segunda-feira, 30 de março de 2020

”SE EXISTE UM MERCADO PRONTO PARA PASSAR PELA CRISE É A MULTIPROPRIEDADE’’, DIZ O DIRETOR DA SMARTUS


O que os investidores esperam do mercado de multipropriedade na crise provocada pela pandemia do novo coronavírus (COVID – 19)? Para tentar responder essa questão e outras mais do segmento imobiliário turístico neste delicado momento da economia do Brasil e mundo, destacamos o que o diretor de novos negócios da Smartus, Lucas Tortelli, falou sobre o que as empresas devem fazer a partir de agora.

Através de seu trabalho na Smartus, um braço de negócio da GRI Company, Lucas Tortelli tem muito contato com investidores, empreendedores e empresários do mercado imobiliário em todo o mundo. Ele contou que neste momento de pandemia os mercados imobiliário e de capitais estão temorosos e sem muitas perspectivas, por não terem ideia de como o vírus irá se comportar, quanto tempo irá durar a pandemia, além de os governos dos países não estarem planejando algo em conjunto e globalizado.

Os mercados imobiliário e financeiro são muito especulativos, quando os negócios não estão seguros não há novos investimentos’’, disse o executivo da Smartus, que salientou que até duas semanas atrás, os investidores estavam otimistas, prevendo seis meses de recuperação. Porém, na semana seguinte já haviam mudado de opinião e esperavam entre 12 e 18 meses para a retomada da economia mundial.

O que esperar da multipropriedade?

E as empresas do mercado de multipropriedade conseguem suportar essa crise? “Se existe um mercado pronto para passar por essa crise é a multipropriedade, os primeiros players do segmento começaram na crise, sem regulamentação, foram desbravadores’’, afirmou Lucas Tortelli. Porém, ele pontuou que algumas empresas já se mostraram muito sólidas e estruturadas e deverão sofrer menos, já outras que entraram neste segmento há pouco tempo deverão ter mais dificuldades durante a crise, pois começaram sem entender bem as complexidades do negócio e sem o caixa necessário.

Neste momento, as empresas devem se empenhar, principalmente, para manter as carteiras de recebíveis saudáveis, com uma gestão de pós-vendas eficiente, ativa, próxima ao cliente e flexível com os pagamentos, e não planejar novas vendas. “A multipropriedade é um produto de lazer e passará por um momento mais complicado de vendas, pois as pessoas não estão pensando no momento em adquirir lazer”.

Apesar deste momento difícil que a multipropriedade irá passar, o executivo prevê um cenário otimista para o futuro. Ele explicou que, com um crescimento de 36% de 2018 para 2019, até o começo deste ano o segmento estava figurando entre os cinco principais investimentos do mercado imobiliário. “Os investidores e consumidores tinham muita apetite pela multiapropriedade. Esse apetite não mudou, vai ter uma freada, mas vai voltar”, disse. “É uma indústria que faz muito sentido para todos, tem uma margem grande, tem liquidez e recorrência”.

Embaixadores da multipropriedade

Para Lucas Tortelli, o momento é para realizar vendas passivas, que significam trabalhar o conceito, vantagens, benefícios e experiências que a multipropriedade proporciona, com o objetivo de fidelizar os atuais clientes e atrair novos, utilizando a tecnologia das redes sociais e os próprios profissionais do segmento como “Embaixadores da Multipropriedade”, que divulgariam o segmento para os seus contatos.

“Quando o cliente está em na sala de vendas, assistindo a uma apresentação, o consultor perde muito tempo explicando o que é a multipropriedade, as vantagens, os benefícios, o intercâmbio de férias. É hora de os profissionais falarem sobre o turismo compartilhado, a economia compartilhada, que vendem sonhos e sobre destinos”, disse Lucas Tortelli.

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